A História da nossa Música aqui...

História da Música Cristã

Davi

Aproximadamente 1000 anos antes de Jesus nascer existiu um rei chamado Davi. Naquele tempo, a música era muito utilizada nas liturgias do povo de Israel. Confira, por exemplo, o que diz o Primeiro Livro das Crônicas:
"Davi disse aos chefes dos levitas que estabelecessem seus irmãos como cantores com instrumentos de música, cítaras, harpas e címbalos, para que os sons vibrantes e alegres se fizessem ouvir" (1Cr 15,16).

Havia muitos instrumentos que acompanhavam as vozes. Existiam diversos ministros de música. Havia até mesmo o animador que orientava e regia os músicos. As canções animavam o povo nas procissões em que a arca da aliança era transportada:
"Todo o Israel, ao fazer subir a arca da aliança do Senhor, soltava brados de júbilo, ressoando trombetas, trompas e címbalos, retinindo cítaras e harpas" (1Cr 15,28).

Quando Jesus nasceu, já não se cantava da mesma maneira. O povo estava mais descuidado e a música litúrgica havia entrado em decadência. Mas isso não significa que os judeus não cantavam em suas liturgias. O próprio Jesus cantou os salmos na última ceia antes de ir para o Jardim das Oliveiras (cf. Mt 26,30).

As primeiras comunidades cristãs não imitaram a música do tempo de Davi. Aquela já não era a música cantada pelo povo na época de Cristo. Mil anos haviam se passado desde a época de Davi. A música mais cantada nos primórdios do cristianismo era de origem grega. Dessa maneira, a liturgia cristã foi um verdadeiro caldeirão onde se misturaram três culturas musicais. Os cristãos começaram a cantar os salmos de Davi ao "modo" das melodias gregas em língua latina. A música dos cristãos era um síntese perfeita de diversas culturas daquela época. Nascia da alma de diversos povos. Por isso podia ser chamada de CANTOCHÃO.

Algum tempo depois, o papa Gregório Magno (590-604) transformou o cantochão na música oficial da Igreja. Por causa dessa reforma, cantochão ficou sendo conhecido como Canto Gregoriano. Durante mais de 1000 anos o cantochão foi uma música popular. Mas, com o tempo, o canto gregoriano deixou de ser uma forma popular de expressão. O povo já não conseguia cantar aquelas belíssimas mas arrojadas melodias. Por isso eram contratados corais para cantar no lugar do povo. Aos poucos estes corais começaram a sofisticar seu repertório e cantar a várias vozes. O povo se contentava em escutar atentamente.

Hoje em dia, o gregoriano não representa mais a síntese das nossas culturas. Por isso ele deixou de ser "cantochão".

O termo Gospel (junção de God e spell) pode ser traduzido como palavra de Deus. É música de origem negra, nascida no final do século passado nas igrejas evangélicas do sul dos Estados Unidos. Em sua forma original era geralmente interpretada por um solista, acompanhado de um coro e um pequeno conjunto instrumental. Grandes intérpretes da música norte-americana começaram assim, como cantores de gospel nas igrejas. É o caso de Mahalia Jackson, Bessie Smith e Aretha Franklin, além de Ray Charles. O gospel ajudou a moldar toda a música negra dos Estados Unidos neste século: ragtime, blues e jazz. E foi também influenciado por ela, assumindo formas às vezes surpreendentes em se tratando de música religiosa. É o caso dos quartetos gospel, surgidos após a segunda Guerra Mundial, com suas música gritada, sua dança cheia de sacolejos e roupas extravagantes. Nesta fonte foi beber o rock dos anos 50, desde Bill Halley e seus cometas, ate Elvis Presley passando por Jerry Lee Lewis. Aliás, Elvis foi outro que começou como cantor gospel. Comercialmente e na forma que tem atualmente, o gospel estourou nos Estados Unidos a partir dos anos 70. O rock, em mais uma volta da história, passa a ser o carro chefe da música gospel. Mas outros ritmos como o funk e o reggae também são por ela adotados. O que a define não é o gênero musical, mas a mensagem: justiça social, Cristo, ecologia, repúdio às drogas, harmonia entre os homens. Bandas como o heavy metal Stryper, de Los Angeles, aderem ao Gospel. Grandes espetáculos se organizam por todo o país e cada vez mais emissoras de rádio criam programações gospel. Hoje o prêmio Grammy, considerado o Oscar da música, inclui a categoria gospel, enquanto grupos como o Take 6 cobram cachês milionários por apresentação. No Brasil, embora haja grupos em atividades desde o início dos anos 80, o gospel é basicamente um fenômeno desta década. Aqui, além do rock, assimilou inúmeros ritmos como samba, pagode, frevo e baião.


A vocês verdadeiros Amigos em Cristo Jesus!!!

 
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